FEA-USP vai reservar 30% das vagas para alunos da rede pública

FEA-USP vai reservar 30% das vagas para alunos da rede pública

Publicado em 24/06/2016Fonte: http://painelacademico.uol.com.br/painel-academico/7059-feausp-vai-reservar-30-das-vagas-para-alunos-da-rede-publica


Na última quarta (22/6) a FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP) aprovou em reunião de congregação – com representação de docentes, funcionários e alunos – a proposta que reserva 30% das vagas do vestibular pra alunos da rede pública.


A seleção desses candidatos será feita através do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que utiliza a nota do Enem como critério. 


Divididas entre quatro cursos (economia, administração, ciências contábeis e ciências atuariais), a FEA disponibiliza anualmente 590 vagas. No vestibular de 2016, 177 dessas vagas estarão disponíveis no Sisu para alunos que frequentaram a escola pública.


Apesar de aprovada a proposta que reserva 30% das vagas para o Sisu, a congregação recusou o texto que propunha que metade dessas vagas fosse destinada para alunos PPI (Pretos, Pardos e Indígenas).


Ainda este mês, a ECA (Escola de Comunicações e Artes) anunciou que também irá aceitar o Enem como ferramenta de seleção. Já no próximo vestibular, a unidade disponibilizará parte das vagas dos cursos de comunicação para o Sisu. 


No vestibular de 2015, a USP aderiu ao Sisu, oferecendo 13,5% das vagas para o sistema. Das 42 unidades da USP, 10 decidiram não aceitar a nota do Enem, incluindo a FEA e a ECA. 


Apesar da experiência, quase a metade das vagas ofertadas pela USP no Sisu, no início do ano, não foi preenchida, de acordo com balanço divulgado pela instituição. A USP aponta as altas exigências dos cursos como um dos motivos e pretende rever os critérios para a próxima edição do programa. Do total de 1.489 vagas ofertadas no programa, 814, o equivalente a 55%, foram preenchidas. As 675 vagas remanescentes do Sisu foram ofertadas pelo vestibular tradicional da Fuvest.


A pontuação mínima exigida pela USP chegava a 700 pontos para alguns cursos, nota muito acima da média de 502,5 obtidas pelos estudantes no Enem 2015, a edição exigida para participar do Sisu deste ano. 


“Um fator preponderante foi o dos critérios mínimos estabelecidos para os candidatos. Em vez de definirem uma nota média mínima no Enem, muitos cursos definiram uma nota mínima exigida para cada uma das provas, bem como os pesos atribuídos a cada uma delas. Foi aí que aconteceu o descompasso”, disse, em nota, o pró-reitor de Graduação, Antônio Carlos Hernandes em entrevista à Agência Brasil. 

(*) Com informações da Agência Brasil.

Voltar Página inicial